Caixa volta a financiar até 80% do valor do imóvel

O crédito imobiliário no Brasil está passando por uma releitura importante. Em outubro de 2025, foram anunciadas mudanças estruturais que prometem tornar mais viável a aquisição da casa própria — especialmente para a chamada nova classe média. A seguir, explico tudo o que mudou, quais vantagens surgem, quais cuidados é preciso ter — e como quem está em Jundiaí pode aproveitar.


O que mudou

  1. Financiamento de até 80% do valor do imóvel
    A Caixa voltou a financiar até 80% do valor do imóvel no sistema de amortização (SAC) — antes, o limite era 70 %.
    Na prática, isso significa que o comprador precisa dar uma entrada menor — ou seja, precisa dispor de menos capital inicial.
  2. Aumento do valor máximo financiável (teto do SFH)
    O teto para imóveis financiáveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) sobe de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
    Isso amplia bastante a faixa de imóveis que agora podem ser enquadrados nos juros controlados do SFH.
  3. Novas regras para poupança, compulsórios e direcionamento
    Até agora, os bancos deviam direcionar 65% dos depósitos da poupança para crédito habitacional, sendo que 20% iam para depósitos compulsórios no Banco Central.
    Com o novo modelo, essa regra vai mudar gradualmente até 2027 — os depósitos compulsórios serão reduzidos e, em última instância, eliminados para liberar mais recursos ao crédito imobiliário.

    A ideia é tornar a poupança mais “útil” para impulsionar o crédito habitacional, com regras menos rígidas de obrigatoriedade e mais liberdade para os bancos.
  4. Inclusão da classe média e elevação da renda atendida
    Até então, muitos programas públicos de habitação focavam nas faixas de renda mais baixa. Agora, famílias com renda de até R$ 12 mil ou mais passam a ser contempladas pelo novo modelo.


O que muda para quem quer comprar imóvel em Jundiaí ou região

  • Entrada menor
    Se antes você precisava dar 30% de entrada para um imóvel, agora poderá precisar dar apenas 20%, em alguns casos. Isso reduz a barreira inicial de entrada para muitas famílias.
  • Maior poder de escolha de imóveis mais valorizados
    Com o teto maior de financiamento, imóveis em bairros mais bem localizados em Jundiaí — como Anhangabaú, Eloy Chaves, Medeiros, Vila Hortolândia, entre outros — podem entrar na faixa de imóveis passíveis de crédito no SFH. Isso traz mais opções para quem quer morar com qualidade, sem ter de recorrer a zonas muito distantes.
  • Atenção ao custo total
    Mesmo com essas facilidades, é vital estar atento ao custo total do financiamento: juros, taxas administrativas, seguro, tributos e reajustes. Nem todo imóvel se encaixa bem nos limites financeiros de cada comprador — o planejamento continua fundamental.
  • Prazo de transição e caráter experimental
    O novo modelo será testado até o fim de 2026, com vigência plena prevista a partir de janeiro de 2027.Ou seja, nem tudo estará “pronto” agora — algumas regras ainda dependerão de ajustes e avaliações dos bancos e órgãos reguladores.

Principais vantagens e riscos

VantagensCuidados/Riscos
Redução da entrada exigidaJuros e encargos ainda podem pesar no longo prazo
Mais imóveis elegíveis ao créditoNem todos os imóveis mais caros serão aprovados
Inclusão da classe médiaPolíticas podem sofrer ajustes futuros
Estímulo ao mercado imobiliário localConcorrência maior — é bom já estar bem orientado

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